Não se acostume com a dor
- teleswork
- 4 de jul. de 2024
- 3 min de leitura

É praticamente impossível passarmos por essa vida sem sermos feridos por alguém.
E, às vezes, o ferimento é tão grave que mesmo procurando ajuda especializada, psicólogos, terapeutas, pastores, médicos levamos anos para sarar.
Para piorar, existem pessoas que não procuram ajuda e tentam se curar sozinhas.
O ser humano é uma criação incrível! Deus nos fez com habilidades tremendas, uma delas é a capacidade de adaptação, ou como se diz no popular, de nos acostumar. Essa habilidade faz com que nós possamos sobreviver diante de mudanças bruscas que acontecem na vida e que por vezes acabam nos ferindo.
Exemplo, uma pessoa sofre um acidente e tem uma perna quebrada, no momento a dor pode ser extenuante, mas imediatamente seu cérebro começa a enviar uma série de mensagens aos neurotransmissores carregadas de substâncias químicas como adrenalina com o objetivo de amenizar a dor e estabilizar nossos sistemas e garantir nossa sobrevivência. Com o tempo, a dor vai amenizando ao passo de tornar-se suportável.
Assim acontece também em proporções diferentes com as dores emocionais. A perda de alguém, uma decepção, uma traição, uma rejeição a princípio podem ser aterradoras, mas com o tempo, nosso cérebro mais uma vez trabalha para guardar essas emoções em um lugar no nosso inconsciente que torna a dor das lembranças também suportáveis e assim, damos seguimento a nossa vida.
A grande questão é que em ambos os casos, por mais que tenhamos essa capacidade incrível de nos “acostumar” com a dor, se não recebermos o devido tratamento, tanto o membro do corpo como a nossa alma, podem apodrecer. Sem contar que, até que recebamos o tratamento correto, a dor pode até ser estabilizada, mas ficaremos com uma extrema sensibilidade e limitados fisicamente e emocionalmente.
Os boleiros amadores sabem exatamente o que é dedinho do pé “desmentido”, (fraturado). Geralmente, não buscamos ajuda médica para ele, o tempo passa e o dedo desincha e parece estar curado, até o dia em que você, chuta a quina da mesa e descobre que ele ainda está doente.
Da mesma forma, uma pessoa que sofreu um trauma emocional, como um abuso sexual, uma rejeição ou traição. Ela pode até aprender a conviver com a dor, mas certamente se tornará, insegura, tímida, sensível, ciumenta, medrosa, áspera... e passará a adotar o que chamamos de comportamentos limitadores que na maioria das vezes se manifestam de maneira involuntária por serem um mecanismo de defesa do cérebro tentando evitar que a área ferida seja exposta.
É preciso entender que por mais que tenhamos a capacidade de nos acostumar com a dor, enquanto não tratarmos sua causa ela sempre existirá. Por mais que o tratamento seja doloroso, como colocar um osso quebrado de volta ao seu lugar, ou reviver as lembranças de um abuso sexual em uma terapia, no final do tratamento você estará completamente curado e preparado para viver sem limitações.
A maior cura que podemos receber em nossas vidas é o perdão. Jesus é o maior de todos os médicos e disponibilizou esse remédio capaz de curar qualquer dor, e nos dar uma vida plena.
A bíblia diz: Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas dores. Mateus 8.17.
Não se acostume com a dor! Busque ajuda especializada, trate seus ferimentos físicos, emocionais e espirituais. Perdoe e receba o perdão de Jesus e seja livre.
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