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O cristão e a frutificação (parte 1)

  • teleswork
  • 10 de jul. de 2024
  • 4 min de leitura

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.

Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.

Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. (João 15.1-8)

 

Introdução: Em sua pedagogia, Jesus costumeiramente se utilizava de diversos elementos comuns disponíveis ao seu redor para ensinar os princípios do Reino aos seus discípulos. Em seus ensinamentos ele usou figuras como: ovelhas, grão de mostarda, trigo e joio, figueira e outras árvores comuns em Israel.

Em João 15, ao ensinar sobre a importância de seus discípulos darem frutos, o Senhor usou como ilustração a figura da videira, planta constantemente utilizada no Antigo Testamento para se referir a Jerusalém, conforme Isaías 5.1-7; Jeremias 2.21 por exemplo.


Os ouvintes estavam muito bem familiarizados com este tipo de ilustração, pois conheciam a importância da videira e seu significado nas escrituras. Assim, Jesus reafirma o Pai como o vinicultor que cuidadosamente plantou sua vinha e espera que ela agora dê os frutos almejados, diferentemente do que a casa de Israel havia dado até o momento.


A vide produz a uva. Uma boa vinha produz uvas boas lembremos do cacho de uvas que os espias de Moisés colheram no Vale de Escol, Números 13.22-24. Das uvas é produzido o vinho que alegra o coração dos homens segundo: Salmos 4.8; 104.15, João 15.8. Logo o fruto que o Senhor espera dos seus discípulos é um fruto, abundante, doce e que alegra o coração do mundo.


Existem muitas discussões a respeito de que tipo de fruto Jesus está falando na parábola da videira de João 15. Alguns acreditam que sejam as boas obras, outros os frutos do Espírito de que o Apóstolo Paulo fala em Gálatas 5, e alguns acreditam que sejam os frutos da evangelização, novas vidas para Cristo. A verdade é que o texto se encaixa para os três casos, visto que o Cristão precisa: fazer as mesmas obras (maiores ainda) de Cristo, João 14.12-14; dar os frutos do Espírito Santo evidenciando sua mudança de natureza conforme citado em Gálatas 5; e ganhar almas para Jesus fazendo discípulos Mateus 28.18-20.


Assumiremos neste estudo, o terceiro tipo de fruto: Almas, novos discípulos.

Começaremos com uma breve análise o texto de João 15.1-8.


No texto Jesus diz que:


1.      Ele é a videira verdadeira. (v.1).

Significa que Israel como videira, não cumpriu o seu papel de dar os frutos que o pai esperava, abundantes, doce e que alegrasse o coração dos homens, mas produziu (frutos) uvas bravas, azedas semelhante as demais nações ao seu redor, (Salmos 80), e assim, o Pai que é o Lavrador, estava arrancando essa vinha, e plantando uma nova, Seu Filho que lhe daria os frutos devidos.

 

2.      O Pai é o Lavrador. (v.1).

O próprio Deus é o lavrador, aquele que cuida de sua vinha, Ele a limpa para que ela dê frutos sem impedimentos.

 

3.      A limpeza é realizada pela Palavra (v.2-3).

É a Palavra de Deus quem limpa o coração do homem e o purifica de seu pecado, que é um dos inimigos da frutificação. Salmos 119. 105, 111.

 

4.      Existem dois tipos de varas, as originais e as enxertadas. (v.4).

Israel é a vara original, o povo escolhido, o povo da promessa, os gentios são aqueles que foram enxertados. (enxerto, é o processo botânico no qual é feito um corte em uma planta e colocado um broto de outra planta no lugar, para que esse broto possa crescer a partir desse novo caule). O Apóstolo Paulo fala sobre isso em Romanos 11.11-24.

Israel, foi quebrado e os gentios enxertados para dar os frutos de Cristo, pois estamos nEle.

 

5.      Só podemos dar frutos se permanecermos em Jesus (v.5).

Conforme o Apóstolo Paulo explica no texto de Romanos 11, os gentios eram zambujeiro, uma espécie de planta que dá um fruto venenoso, e assim, imprestável. Mas, uma vez enxertados em Jesus, podemos dar os mesmos frutos que Ele.

 

6.      As varas que não derem frutos, serão cortadas e lançadas no fogo para serem queimadas. (v.6).

Um dos processos de cuidado da vinha é a poda. O corte de determinados galhos que estão atrapalhando a árvore de dá os frutos. Às vezes, mesmo tendo sido limpos pela Palavra, alguns cristãos se tornam infrutíferos semelhante a figueira que Jesus amaldiçoou em Marcos 11.12-26, e a figueira da parábola de Lucas 13.6-9.

Esse versículo mostra bem a severidade do Pai (Lavrador), na exigência com a frutificação da Videira Verdadeira e seus ramos.

 

7.      Os frutos do cristão glorificam o Pai. (v.7-8).

Aqui temos o resultado gerado por aqueles que dão frutos: a glorificação do Pai (Lavrador) e a confirmação de que estes são verdadeiramente discípulos de Jesus.


Conclusão: Todos aqueles que são nascidos em Cristo e se mantém firmes nele, que são limpos por sua Palavra, devem dar frutos. Sejam ele, boas obras, frutos do Espírito ou discípulos. Temos a obrigação de frutificar.

Estamos enxertados na Videira Verdadeira, sendo nutridos pela natureza de Cristo, não há motivos para negarmos o fruto esperado pelo Pai. Se negarmos, só nos restará sermos cortados e lançados no fogo.

 

  

  

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