Que sonho é este que sonhaste?

Às vezes, nossos sonhos são tão grandes que parecem não caber dentro de nós. Por isso, sentimos um imenso desejo de compartilha-los, torna-los conhecidos especialmente àquelas pessoas que amamos e acreditamos que irão nos ajudar a realiza-los.

O problema é que nem sempre nossos sonhos serão compreendidos e aceitos mesmo por aqueles que acreditamos que nos apoiariam de maneira incondicional. E pior, nossos sonhos podem se tornar motivo de discórdia, inveja e separação.

A história de José relatada em Gênesis 37, ilustra bem essa realidade. Os sonhos que o jovem teve eram tão grandes que ele não conseguia guardar para si, então, ele resolveu contar a aqueles que eram seu porto seguro, aqueles que eram as pessoas em quem ele mais confiava e amava, sua família, certamente na esperança de que encontraria neles o apoio necessário para realizar algo tão grandioso. Porém, não foi bem isso que aconteceu.

Os sonhos de José não foram compreendidos por sua família e se tornaram objeto de inveja e discórdia que quase acabaram de maneira trágica, se não fosse a determinação do jovem em realizar aquilo que Deus colocou em seu coração.

José, então, teve que enfrentar uma difícil realidade que se apresenta diante da maioria das pessoas que tem um grande sonho, projeto ou objetivo. O descrédito em nossa capacidade de realizar algo que eles nem ousam tentar.

Os nossos sonhos tem o poder de revelar o coração daqueles que dizem nos amar e apoiar, sejam familiares ou amigos. Geralmente, ao contar um grande projeto a uma pessoa chegada, a reação dela denunciará aquilo que ela verdadeiramente pensa sobre nós. 

Aqueles que nos amam de verdade e nos apoiam, podem até achar nosso sonho absurdo e falar das diversas dificuldades que enfrentaremos para realiza-lo, mas nunca irão nos dizer que somos incapazes, que nunca conseguiremos e tampouco, se negarão a nos ajudar.

Porém, o mais comum que aconteça é o mesmo que aconteceu com José, e até mesmo com o Senhor Jesus, que não foi bem recebido em sua cidade Nazaré, nem mesmo entre seus irmãos que diziam a Ele, “sai daqui e vai para Judeia, para que vejam tuas obras (...) por que não acreditavam nEle”. (João 7.1-5).

A grande questão que então se levanta é: o que fazer para realizar um sonho tão grande quando não encontramos apoio nem mesmo da nossa família?

A própria história de José, nos ensina algumas lições que podemos aplicar para realizar os sonhos que Deus colocou em nosso coração não importa o quão grande sejam, nem as dificuldades que enfrentaremos ou se teremos ou não o apoio daqueles que esperamos.

1.       Não deixe que a opinião de quem quer que seja abale suas convicções a respeito de sua capacidade de realizar aquilo que Deus colocou em seu coração.

O próprio Jacó, pai de José e pessoa que ele mais amava lhe disse: “que sonho é este que sonhaste?” (Gê. 37.10). E, embora não tenha se colocado como opositor, também não há registro de que ele tenha chamado seu filho para lhe dar qualquer orientação ou incentivo sobre seus sonhos. Ele, apenas silenciou.

A atitude de Jacó, poderia muito bem ter abalado o coração de José, afinal de conta, Jacó era a pessoa que José mais amava e sua opinião certamente teve um peso muito grande para José, mas não ao ponto de paralisar ou silenciar os seus sonhos.

2.       Se Deus te deu um sonho, ele é responsabilidade sua e é você quem tem que enfrentar o que for preciso para realiza-lo.

Às vezes, queremos compartilhar nossos sonhos, não porque desejamos incluir pessoas nele, mas porque nos sentimos incapazes de realiza-lo e queremos ajuda. Dessa forma, nos tornamos o maior inimigo dos nossos próprios sonhos, pois se você não acreditar piamente que pode realiza-los, não espere que outros acreditem. E entenda, o Deus que gerou o sonho é o mesmo que te dará a capacidade de conquistá-lo.

3.       Quando for preciso, Deus levantará as pessoas certas para te ajudar e elas podem não ser necessariamente as pessoas que você espera.

Deus colou na vida de José pessoas que ele não esperava, mas que foram fundamentais para a conquista de seus sonhos. Potifar, que lhe deu seu primeiro emprego no Egito. O carcereiro que confiou a José a administração de sua própria prisão, o copeiro de Faraó, que apesar de esquecer de José num primeiro momento, foi fundamental quando Faraó solicitou alguém para interpretar seus sonhos.

Então, não se preocupe se as pessoas que você esperava não te motivaram ou acreditaram em você. Deus levantará aqueles que serão fundamentais para te ajudar no momento certo.

José nos dá ainda outras lições de como realizar nossos sonhos mesmo diante da rejeição e inveja daqueles que deveriam nos apoiar, e ainda diante de todo tipo de adversidade que a vida impõe como obstáculos aos sonhadores.

Mas se formos capazes de entender, somente estas três, já será suficiente para não deixar nossos sonhos morrerem só porque de repente alguém que confiávamos e compartilhamos nossos sonhos não acreditou.

Leia a história de José e seja motivado a não desistir dos seus sonhos.