quem me livrará do corpo desta morte?
- teleswork
- 13 de jul. de 2024
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Em uma das minhas viagens à Jerusalém, visitei o local das ruínas do templo do deus Pan, (pânico) em Cesareia de Filipe. Lá, o guia nos explicou que uma das maneiras de punição aos prisioneiros era: amarrar um cadáver nas costas do prisioneiro e deixa-lo apodrecendo. Dessa forma, ao mesmo tempo que o cadáver se decompunha, o prisioneiro adoecia junto até morrer de doenças decorrentes da podridão do cadáver.
Estudiosos dizem, que foi em Cesareia de Filipe mediante o contato com esta cena que o Apóstolo Paulo escreveu a famosa passagem de Romanos 7.7-25, onde ele faz uma analogia entre a guerra que há do espírito contra a carne (Lei), e expressa:
(...) Porque o que faço não aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas o pecado que habita em mim. (...) Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Rm. 7.15-20, 24).
O Apóstolo Paulo, nos ensina com isso, que somos como o prisioneiro do deus Pan, condenados a viver com um cadáver amarrado em nós, apodrecendo dia-após-dia. Quando nos convertemos a Cristo, recebemos nova vida, mas a velha natureza continua lá, morta, mas apodrecendo e tentando nos destruir através de toda sua podridão (pecado). A única maneira que temos de não morrermos junto, é: nos limpando todos os dias através do sangue de Jesus que nos justifica e purifica de todo o pecado. (1 João 1.9).
A santificação por meio do Sangue do Cordeiro é a única maneira que o Cristão tem, de a sua velha natureza morta em seu corpo físico, não matar a nova natureza que recebeu de Jesus Cristo. Por isso, o processo de santificação deve ser diário, em oração, meditação da Palavra, jejuns e arrependimento. O cristão que negligenciar sua purificação diária, apodrecerá junto com sua velha natureza amarrada em sua vida e acabará no mínimo doente na fé, muitos, porém, mortos espiritualmente.
O Apóstolo Paulo, finaliza então respondendo sua própria pergunta: Quem me livrará do corpo desta morte? Com a afirmação: Dou graças a Deus por Cristo Jesus! (Rm.7.25). Ele é quem venceu a morte e pode nos livrar dessa condenação.
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